quinta-feira, 30 de julho de 2009

A nova geração de homens mimados




Vi essa matéria do Blog/Revista Papo de Homem que eu sempre leio e achei muito interessante!
É grande mas vale a pena!

Isso aqui certamente não foi escrito para os leitores Papo de Homem. É direcionado aos “moleques de prédio”, gente que ainda não saiu do berço. O que antes era mais restrito a famílias ricas agora se espalhou pela classe média: dá para ser mimado mesmo sem dinheiro. No entanto, a nova geração de homens com fraldas não é uma categoria de seres, mas um estado de carência e fragilidade no qual qualquer um pode cair.


É por isso que minha motivação não é ridicularizar tais homens, mas apontar os problemas que surgem quando nos posicionamos desse modo na vida. Escrevo, pois, do mesmo lado dos fracotes, não me opondo, não criticando por fora. Estamos todos no mesmo time e desejamos todos uma vida livre de mimos e carências, não é mesmo?

Destaco 8 comportamentos, 8 tipos de fraldas, que podem ser encontrados na nova geração de homens mimados. Bons motivos pelos quais toda mulher deveria reclamar, xingar, gritar, trair, humilhar, abandonar seu homem. Comento cada um deles com o desejo de que todos nós possamos superar tais fixações e cultivar uma mente livre, um corpo potente, uma vida generosa.

Eles não comem mamão

Durante um almoço com a equipe de trabalho, descobri que o estagiário não gosta de suco de laranja com beterraba. Não gosta e não bebe. Em outro almoço, enquanto eu me enchia de mamão, me surpreendi com um: “Hum… Mamão eu nunca comi”. Sério, isto deveria ser diagnosticado e tratado como doença. Sou do tempo em que todos bebíamos o mesmo suco em família. Nada de “O que você quer?”, “Ah, eu quero Coca zero”, “E você?”, “Água de coco”, “E…”, “Ai, não, não quero nada”.

Não é necessário abandonar as preferências, claro, apenas não ser tão refém de “gosto” e “não gosto”. Eu não gosto muito de grão de bico na salada, por exemplo, mas como. Repito: “Toda mulher deveria desconfiar do desempenho sexual de um homem que não come de tudo”. Com exceção dos vegetarianos praticantes do tantra supremo, se você não come de tudo, meu caro, não há possibilidade alguma de você comer bem uma mulher.

Eles sentem “nojinho” no sexo

Já vi homens contarem que brocham com cheiros estranhos na cama ou que não transam com mulheres menstruadas. Ora, as mulheres nos lambem quando estamos suados, levam por trás, chupam, engolem… e nós queremos encontrar perfume francês debaixo da calcinha?

Se você fizer sexo irrestrito, certamente vai sujar o lençol e seu próprio corpo com todo tipo de excreção. O homem cuja consciência tudo atravessa não rejeita odores considerados nojentos. Respira tudo pra dentro, sem exceção.

Eles se masturbam e gozam sozinhos

Imagine Chuck Norris, Gandhi ou Barack Obama vendo um filme pornô e melecando a mão. Ceninha no mínimo estranha, não é mesmo? O que é bastante saudável na adolescência deveria ganhar outro enfoque quando viramos homens. Qual o sentido em ejacular sozinho um dia antes de encontrar sua namorada? Por que desperdiçar na tela do computador a potência que você poderia usar com uma mulher? O cara ejacula o tempo inteiro e depois reclama que não consegue prolongar a penetração com a namorada!
[Essa parte eu achei o máximo]

O homem que goza sozinho quase todo dia, qual mente ele está cultivando? O que você acha que ele vai desejar quando for para a cama com uma mulher? Se temos o hábito de ficar nos agradando, focando apenas em nossas sensações, é isso que vamos continuar fazendo diante de uma mulher pelada.

Se quer mimo, peça para sua mãe transar com você.

Eles não limpam o banheiro

Um homem só consegue parar de fazer cagada na vida depois que aprende a limpar sua privada. Ele suja, a mãe limpa. Ele dorme, a empregada arruma a cama. Que tipo de homem é esse? Enquanto tratarmos o mundo como um hotel, seremos hóspedes.

Para além da privada, o mundo. Aquele que joga lixo no chão deixa seu mundo menor, exclui a rua, exclui o banheiro público, se distancia de tudo o que poderia incorporar à sua moradia como um cidadão do planeta. É por isso que os homens mimados só olham para o próprio umbigo: ali reside seu mundo, a única coisa digna de limpeza.

Eles não sabem o que querem da vida

Fato: se o homem não sabe o que fazer com sua vida, não saberá o que fazer com sua mulher. Além dos adolescentes que perdem tempo com distrações e jovens que patinam entre mil opções existenciais (alvos fáceis para essa crítica), há outros casos mais sutis, já que nem sempre ter dinheiro, poder, casa e família significa ter direcionamento na vida.

A nova geração de homens mimados pode ser representada pela imagem de moleques emos que não comem agrião ou por executivos dentro de uma Mercedes-Benz que nunca chega em lugar algum. Ainda que eles consigam tirar muito da vida, pouco tem a oferecer. Como afirma Alan Wallace, nossa felicidade e a sensação de ter uma vida com sentido não é proporcional ao que extraímos do mundo e das pessoas, mas àquilo que trazemos ao mundo e às pessoas. Não é por acaso que encontramos muitos homens bem sucedidos completamente infelizes e impotentes, sem saber o que mais fazer com a vida (e com a mulher na cama).

Eles fazem o que têm vontade

O homem mimado se move com a certeza de que sempre há alguém olhando por ele, pronto para protegê-lo, socorrê-lo, salvá-lo, resgatá-lo e levá-lo ao hospital. A sensação de proteção divina e a confiança em um resgate paternal tiram sua responsabilidade: ele pode fazer qualquer coisa pois tudo acabará bem. E assim surgem os casos de colegiais estupradas, índios queimados, carros batidos, grávidas abandonadas, filhos abortados… O pai paga a faculdade para que o filho possa matar aula e beber.

O homem muda de vida quando deixa de fazer o que tem vontade e começa a fazer o que tem de ser feito. Não é à toa que a maioria dos caras que conheço só viraram homem quando tiveram um filho. Para fazê-los dormir, acabamos saindo do berço! Com outro ser à vista, vamos além de nossos impulsos e desejos de satisfação imediata. Desenvolvemos generosidade, talvez a maior qualidade de um homem guerreiro.

Eles não sabem o nome dos porteiros do prédio.

Autocentrados, os meninos mimados não tem interesse por aquilo que não pertence ao seu universo imediato. Lembro de um cara que me perguntou o que eu faria no fim de semana, ao que respondi falando de meditação e TaKeTiNa, uma técnica que usa a polirritmia para transformação da mente. Se eu tivesse falado que passaria o tempo todo dormindo, teria dado mais papo. Ele simplesmente ignorou, ainda que nunca tivesse meditado nem conhecesse TaKeTiNa.

O homem mimado perdeu a curiosidade que faz nossos olhos brilhar. Em seu prédio, seis porteiros se revezam e ele não sabe o nome de nenhum. A melhor amiga de sua irmã, o tema da pós-graduação do seu colega de trabalho, a viagem importantíssima que seu primo fará… Ele esqueceu dentro de sua apatia distraída. Quando você o encontra, ele sempre tem algo a falar e dificilmente oferece um espaço de autêntica escuta.

Eles buscam conforto

Mesmo depois de começar a morar sozinho e não mais depender financeiramente de meus pais, percebi o quanto ainda eu mesmo me mimava. Comprava frutas na feira para a ex-namorada, pagava as contas, limpava o banheiro, mas ainda assim dormia até me atrasar e enrolava o máximo possível quando era preciso fazer tarefas chatas na empresa ou em casa.

Nossos ancestrais caçavam animais, passavam frio, viviam à beira da morte. Nós pedimos pizza, usamos edredons e andamos de elevador com ar condicionado. Concordo que não dá mais para sair com um porrete para caçar antílopes, mas é preciso resgatar alguns comportamentos que ativam a energia masculina do destemor. Podemos começar com pequenas coisas como dispensar luva e cachecol se não estivermos congelando. Sempre me pergunto quando vejo um homem todo encapotado em uma temperatura de 15 graus: “Por que não sentir frio? Qual o problema?”.

Eu moro em São Paulo, não tenho luva, gorro ou cachecol, ando de camiseta e tomo banho gelado no frio. Nada demais, porém isso me deixa vivo e desperto. Tenho um amigo que nunca entende como eu posso passar um feriado em retiro, madrugando para meditar o dia inteiro, sem música, sem bebida, sem cafuné, sem diversão ou conforto algum, e ainda pagar por isso!

O conforto nos entorpece. Viver embaixo do edredon nos deixa sonolentos em vez de disponíveis, anestesiados em vez de atentos. É por isso que admiro mestres de meditação que, mesmo com toda a possibilidade de viver uma vida confortável, escolhem condições desafiantes como dormir no chão numa esteira de meditação em uma casa sem energia elétrica ou ficar imóvel com água congelante batendo na cabeça durante a meditação takigyo.

Enfim, como salvar essa geração?

Basta que cada homem mimado comece a se observar para perceber traços de irritabilidade, ansiedade, impulsividade e autocentramento. Em vez de trazer o conforto e o prazer que esperamos, os mimos causam aflições mentais e corporais. Sofremos mais, adoecemos mais. Assim que percebemos o problema, começamos a mudar por puro instinto de sobrevivência.

Se você namora um homem que manifesta algum dos comportamentos acima, não ceda aos seus mimos, dificulte as coisas, peça para ele ir à feira sábado às 6h só para comprar um pedaço de gengibre – diga que o do mercado não funciona para o chá que deseja preparar (isso já aconteceu comigo!). Peça que ele limpe o banheiro um dia antes da empregada chegar. Diga que não vai transar se ele não ficar duas semanas sem ejacular.

Se você é amigo ou namorada de um cara mimado, desafie-o, encha o saco, tire sarro até ele mudar. Convide-o para algo que ele não domina: mergulho, rafting, montanhismo, poker, meditação ou uma noite de salsa com várias amigo(a)s.

Se você tem dúvidas se é um homem mimado, apenas se faça 3 perguntas:

1 - “Há alguma comida que eu rejeite?”,
2 - “Quanto tempo eu passo fazendo coisas para mim mesmo e quanto tempo eu gasto com foco em outras pessoas, direta ou indiretamente?”,
3 - “Com que frequência eu reclamo ou fico irritado?”.

Você pode tentar terapia cognitivo-comportamental, mas há meios mais simples e baratos de deixar de ser moleque de prédio. Como o mimo não é uma patologia biológica ou um distúrbio psicológico por excelência, mas um comportamento negativo (sintoma ou não de um problema maior), vou propor um método simples de cura. Nada muito sério ou científico: para quem não lava a privada, compre água sanitária e coloque AC/DC. Simples assim. Contemple sua própria vida, invoque desafios e elimine os seus mimos.

No próximo almoço, encha o prato com tudo o que normalmente não escolheria e coma com gosto. Supere a aversão a cheiros ruins, evite ejacular quando não tiver uma mulher na sua frente, pergunte o nome do porteiro, olhe o caixa nos olhos quando desejar “Um bom fim de semana pra você”, beba menos, faça alguma prática que lhe prive de todo conforto por algum tempo (seja uma vision quest ou um retiro de meditação), seja curioso em relação à vida de outras pessoas, tome banho gelado e dispense o cachecol. Enfim, vire homem.

E você? Que outros comportamentos observa em seus amigos mimados?

10 comentários:

Unknown disse...

Pellicer, faz sentido sim, na verdade. Aliás, ela não se refere a todas as pessoas com no mínimo um Y, mas a uma geração. Eu, pelo menos, convivo com pessoas assim.
Gostei da matéria meninas :]

Unknown disse...

MA-RA-VI-LHO-SO o texto. Vou repassar pra um monte de homem mimado que conheço...

Luana Lopes disse...

eu gostei...tenho um monte de amigo com mais frescurite que eu ¬¬
ah, fala sério..sejam homens!
de homem mimado pra gay só falta um suspiro. fikdik!

Viviz - Wicca® disse...

Desculpe!
Mas não fui eu quem escreveu o texto!

A matéria foi escrita por um Homem logo ela vai ser totalmente machista MESMO!

Afinal Homsns têm suas particularidades, sem machismo, mas só vcs mesmos se entendem!

Não adianta uma mulher querer escrever um texto como este pq infelizmente o perfil masculino é um mundinho a parte!
e quem dera se viesse com manual de instrução!

Link da Matéria Original p/ quem quizer ler!
http://papodehomem.com.br/a-nova-geracao-de-homens-mimados/

Eu não achei o texto contraditório, exatamente por isto postei aqui!
O meu namorado tem seus lados frescos (Não come qqr coisa), mas os meus amigos são LITERALMENTE descritos pelas palavras do post!

Djuli- Thats what she said disse...

Esse blog é um dos piores em se tratando de comportamento que ja vi!

O post deles reclamando das mulheres que reclamam que eles nao ligam é PAVOROSO, ofensivo, ridiculo!
Meu lado masculino se ofende. O meu feminino teve vontade de enforcar cada um em praca publica.

Concordo com o F. Generalizar é uma merda.
Existem homens folgados, existem mulheres folgadas, existem seres folgados. E tambem existem os que nao sao NADA folgados.Existem pessoas de todos os tipos, independe do sexo e da geracao.

Mesmo o cara mais folgado que conheco nao se encaixa nesse texto. E ele se esforca! d:-P

Enfim, só uma opiniao! ^^

Unknown disse...

A questão não é o Y, como disseram ali. Vocês tão olhando só pelo lado masculino da coisa. E sinceramente? Acho que estão se sentindo incomodados xD
Homens mimados, conheço um literalmente assim e sabe como é? Tentou se matar e quase morreu mesmo, agora está as custas de uma mãe de 50 anos que queria viver a vida dela, mas não pode, porque tem que cuidar de um marmanjo que aje como se tivesse 12 anos.
Eu me senti incomodada pelo fato de que eu me mimo. E independente se o texto é voltado pra homens, eu li como se fosse pra mim, porque eu já fui mimada um dia.
A parte que diz que se fazer mimos te deixa sonolento e preguiçoso é FATO. É um dos meus maiores problemas. Vivo mudando de antidepressivo pra tentar controlar meu comportamento ocioso, mas não consigo.
Ser garoto de prédio é uma destruição, sério. Esse garoto que conheço e não sabe o que é UM MAMÃO, gente, me dói os bagos. Experimentar coisas diferentes é a melhor coisa que tem na vida. Afe!
Concordo em gênero, número e grau. A conclusão sexual achei dispensável, mas a crítica ao comportamento mimado (independente de gêneros) é 100% válida.

Unknown disse...

Ou seja, concordei em número e grau, mas não em gênero, na verdade xD

Queen of Madness disse...

kkkkkkk

Ri demais, cara..... muito bom....

É nessas horas que fico feliz por namorar um ogro.... Que?? Sangue??? Polenguinho na pixota..... sem neura, do jeito que tá, tá bão....

kkkkk

Amanda de Santana disse...

Haha! Tár, existe muito garoto assim, mas cara, não é tão fim do mundo. Um dia eles arrumam uma mulher que dá uma dura neles e eles se arrumam. Seleção natural, e tal. (ok, falei nada com nada)

Unknown disse...

Poucas foram as vezes que passei nesse blog pra realmente ler algo, e dessa vez, foi incrívelmente decepcionante.

"Eles não comem mamão"
- Perto do ridículo isso, dizer que alguém é ou não mimado por comer ou deixar de comer algo? Se você prefere algo, e pode consegui-lo, porque não?
Já, eu, não confio em pessoas que não comem carne. Deixar de comer carne porque "veio de uma vaquina pastando num pastinho" é frescura. Água transmite febre tifóide, vai parar de beber água também?

"Eles sentem “nojinho” no sexo"
- Se alguém não se sente confortável de transar com a namorada que está menstruada ou coisa do tipo... Vai fazer pra que? Não era pra ser uma experiência agradável pros dois? Besteira é achar que você é obrigado a fazer sexo pra provar algo. Mas, talvez se todos fossemos obrigados a transar dessa forma, padres não escolheriam crianças...

"Eles se masturbam e gozam sozinhos"
- Masturbação é algo interessante, todos ou quase todos os homens são adeptos e eu preferiria que todas as mulheres também. É saudável, se as pessoas se masturbassem mais, existiriam menos textos como esse.

"Eles não limpam o banheiro"
- Única parte do texto que faz qualquer sentido. Mas todo esse negocio de "Cidadão do planeta" é um pouco demais.

"Eles não sabem o que querem da vida"
- Não é o final do mundo não saber o que fazer com o seu futuro, e é bom que seja assim. Decisões erradas fazem a vida mais interessante. E sempre que você faz uma decisão errada você precisa se reinventar no final. Mesmo indeciso, uma pessoa sempre tem algo a oferecer, é no minimo burrice achar que esse tipo de decisão afeta seu desempenho em qualquer coisa.

"Eles fazem o que têm vontade"
- Pessoas devem fazer o que tem vontade, se não viram robôs. Contanto que você faça suas obrigações e não quebre nenhuma regra de conduta social. Não há nada de errado nisso.

"Eles não sabem o nome dos porteiros do prédio."
- TaKeTiNa sinceramente parece nome de dançarina de baile funk. Taketina, Ismirna e Gaucilene. Quanto ao saber nome de qualquer coisa ou se interessar, você não é obrigado. Faça o que fizer, não falte com respeito. Se receber bom dia, diga "bom dia". Se receber um boa tarde, responda "boa tarde". Se sua amiga começar a fazer TaKeTiNa, ensine-a a jogar Poker, bem mais proveitoso.

"Eles buscam conforto"
- Todos os seres na terra buscam conforto. Seja mental ou de qualquer outro tipo.
Tomar banho gelado não lhe deixa esperto. Ler e estudar são atividades que podem aumentar sua "esperteza". Mas, acredite quando eu digo, tomar banho gelado, não é uma delas. Meditação, sinceramente, acho frescura. Não te ajuda em nada.