Todo mundo tem roupas coloridas, digo, de cores diferentes. E vai além das roupas, nossos batons, os esmaltes, as sombras para enfeitar os olhos, um lenço, um acessório, o badulaque pendurado na carteira.
Ao mesmo tempo em que as cores estão em todos os lugares, vejo as pessoas em sua grande maioria, monocromáticas. O mesmo batom rosa em todas as bocas, o mesmo nude, até chegar no ponto de mesmice de combinar a maquiagem com a cor da roupa, ou coordenar bolsa/sapato/cinto.
E não é dificil provar meu ponto, vá numa loja popular de cosméticos ou abra um catálogo e comece pelos esmaltes, conte quantas variações e sub-variações (já que algumas vezes, a diferença é tão pequena que quase não existe) do mesmo tom de vermelho e depois procure um esmalte amarelo (dourado/ouro não contam). O mesmo vale com as roupas, mesmo agora com a tão falada 'moda neon' e toda aquela vibe oitentista que eu não vi aonde enfiaram, as lojas continuam com os mesmos modelos batidos de sempre, uma corzinha diferente aqui, outra ali, nada assim tão ousado, já que o ousado não vende.
Ousar é dificil. É sair da segurança e conforto do "conhecido" e do "comúm" e se arriscar em terras pouco desbravadas. E eu até entendo, de certa forma, o quanto é dificil deixar toda essa comodidade. Ser comúm é quase como ser invisível, você está na massa e faz parte dela, é farinha do mesmo saco e o resto da farinha assim o reconhece. Jogue fubá no saco de farinha e veja o contraste. Se você for o fubá, a farinha vai te estranhar, te olhar torto e quem sabe, até te achar legal, talvez ela venha para o lado fubá da força e talvez, já que é mais fácil, continuar sendo a mesma farinha de sempre.
Claro que é muito mais fácil permanecer no 'comúm', nós aqui sabemos muito bem. Não é nada fácil encontrar uma meia calça azul-turquesa de bolinhas liláses, nem esmaltes neon ou com glitteres texturizados ou estampas de arco-íris.
É a nossa realidade, nossa cultura. E uma boa carga de preconceito embutida, já que coisas muito coloridas são erroneamente associadas aos nossos festeiros da terra do carnaval com acarajé, ou como dizem por aí "é coisa de baiano".
As pessoas tem tantas coisa tão mais importantes com as quais deveriam se preocupar, como as desgraças no Haiti, o abuso de menores, a conta d'agua que venceu mês passado... que ficar rotulando e enchendo o saco das pessoas pela cor da roupa o dos cabelos.
Qual é o problema de pintar as unhas de cada mão de cores diferentes? Não são mãos diferentes? Quem disse que as cores tem que ser iguais? Da mesma forma que somos pessoas diferentes e ninguém precisa ser da mesma cor que todo mundo é.
Quem gosta de ser nude, just be happy baby!
Quem quiser ser colorido, SEJA!!!
Não tenha medo de arriscar pelo que as pessoas vão pensar, se for assim, não saia de casa.
Don't worry
Be Happy
3 comentários:
Essa mocinha da foto tá com uma cara super tensa uhauha.
(2) Hahahaha! xD Mas tem uns tic tacs ali que eu quero mooooito!
Eu adorei o texto. Tem uma parte ali que parece que foi o Eros (-q) que escreveu, só pelo estilo.
Acho que fuçando a gente acha coisas coloridas sim. Ta, é difícil, meia então, meu deus, a Marisa teve uma visão divina e não sei por que cargas d'água (já que pelo que vi teve tanta venda) eles pararam de fabricar as meias.
Eu tenho mais meia-calças coloridas do que saias, shorts ou mesmo sapatos pra usar XD. Tenho 2 amarelas de tons diferentes, duas azuis turquesa.. Adoro *-*
Mas voltando pro texto, é muito real mesmo. Agora, repara: tem muita camisola legal, colorida e diferente. E roupa pra criança. Porque criança pode tudo e porque
na cama dormindo de luz apagada não tem problema. Eu acho que é isso ¬¬
é o que eu sempre digo... o preconceito exsite até se vc usa uma blusinha de cor berrante, diferente... sai vc, a morena do Tchan com uma blusinha verde limão, o povo vai falar...
Eu odeio isso, de verdade...
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