quinta-feira, 2 de julho de 2009

Participação Especial da Semana - Valeska

Oi, é a Marcely quem fala. Sim, eu sei, hoje não é Blueberry night, mas eu esqueci de postar ontem porque eu JURAVA que ontem era Terça! Sabe como é... férias! Mas hoje eu recebi esse texto da Val e jurei que iria postar. Por ontem. Espero que me perdoem por estar postando fora de hora...


Oi gente, é a Valeska. Recebi esse texto de uma amiga, e gostei muito, por isso estou dividindo com vcs. Sei que muita gente pode não gostar, mas o que vale é a intenção né? =)

Michael Jackson morreu, e daí?


Tá, não quero dizer que não ligo, pra morte alheia, ligo sim.

Quer dizer, ligo se for alguém próximo de mim, por que a bem da verdade nua e crua, a morte de Michael Jackson, não muda em nada minha vida.

Mas, o real motivo desta carta, não é falar mal, nem bem de Michael. Não vou criticá-lo por suas supostas acusações, nem pelas plásticas, e nem vou elogiá-lo pelo inegável talento, que ele tinha, apesar dos pesares.

Na verdade essa carta é um protesto, dirigido á humanidade em si.

Explico:

Alarda-se que Michael estava sofrendo de depressão, que suas dívidas ultrapassam os 400 milhões de dólares.

Ao mesmo tempo alarda-se uma enorme pena e compaixão por ele. Alarda-se que ele nunca soube lidar com a fama, que não teve infância, que a enorme popularidade o levou a não ter privacidade e tornar-se deprimido e descontrolado.

Oras bolas, povo do meu amado planeta Terra: A verdade nua e crua é que o cara era caloteiro. É isso, e nada mais que isso.

Não vou discutir os motivos que o levaram a tornar-se caloteiro. O que quero discutir é o seguinte:

Eu tenho uma dívida no momento, ela não chega a milhões como as dele, mas estou devendo. E em algum lugar alguém está aguardando pacientemente (eu espero que sim), que eu pague essa dívida.

Do mesmo modo que no mundo, muitas outras pessoas aguardavam pacientemente (ou não) que Sr. Michael pagasse suas dívidas.

É regra no mundo capitalista, comprou tem que pagar, não pagou, é crime, é lesar uma pessoa, é dívida, é irresponsabilidade. E isso deveria funcionar para todos, mas não é isso que acontece.

Resumindo:

Se rico e famoso é caloteiro: Coitado, não sabia lidar com a fama, não conseguiu lidar com a fortuna, meteu os pés pelas mãos, estava deprimido, sua vida pessoal estava conturbada.

Se pobre é caloteiro:

Sem vergonha, golpista, maracuteiro, vagabundo, irresponsável, enganador.
Essa é a verdade, e quem é culpado disso? A mídia? A façam-me o favor! Não é a mídia que invade meu e-mail, e minha página no Orkut com toneladas de spam (perdoem-me por este meu spam) chorando as mágoas com a morte do astro, e lamentando sua falta de sorte na vida, seus problemas coma s finanças (quem não tem problemas? Não vejo ninguém fazendo spam, pra terceiros, lamentando minhas dívidas).

Os culpados somos nós mesmos. Endeusamos nossos ídolos e os colocamos em patamares que os deixam acima da lei, das conseqüências e dos demais.

E depois reclamamos do tratamento diferenciado QUE NÃO DEVERIA ACONTECER!

Quantos famosos e ricos ganham penas alternativas por delitos onde o anônimo e mais pobre paga com a cadeia? Quantos famosos e ricos, tem dívidas negociadas e perdoadas, em troca de turnês especiais e campanhas humanitárias onde o trabalho dele é só gravar uma vinheta de alguns minutos? Ou pagam cestas básicas cujo valor nem chega os pés do valor da dívida, ou varrem ruas (e ainda ganham mais destaque na mídia com isso).

E eu? Eu posso gravar uma vinheta em troca do perdão de minha dívida? Acho que o fato de ser uma ilustre anônima (ainda, um dia reverterei essa situação) me impede de gravar uma vinheta muito abrangente. E talvez o juiz considere muita petulância da minha parte achar que varrer uma rua, possa fazer com que o dinheiro brote no bolso da pessoa que aguarda meu pagamento.

E eu me pergunto: Cadê a igualdade?

Se é pra ser igual, então temos que nivelar a situação: Ou todo mundo paga pena alternativa, ou todo mundo paga a pena no xadrez!

E outra: devemos aprender a separar as coisas: Uma coisa é você admirar o trabalho artístico de uma pessoa, outra coisa é transformar ela num ser quase divino, e sem defeitos!
Ora, uma vez humano SEMPRE humano.

Não quero dizer que todo astro, cantor, ator, artista, celebridade seja um caloteiro, o que quero dizer é que eles são gente, como a gente, cagam, peidam, mijam, arrotam, coçam o fiofó, como todo o resto da humanidade e são mortais, como todos, imortal, é a obra (e olha lá que muita obra morre junto com seu “obreiro”).

O dia em que reconhecermos a pessoa por seu talento, sem divinizá-la, acredito que as penas para uma pessoa que deve milhões, sejam aplicadas da mesma forma que as penas, para uma reles mortal, que deve alguns reais na praça, e jura que irá pagá-los, o mais rápido possível, e em dinheiro vivo, direto na mão, e não com cestas básicas, shows beneficentes, ou varrição de rua.

Ass: Rê.

5 comentários:

Marcely Costa disse...

Eu ficaria putinha se o Michael me devesse grana, sério mesmo. Aah... pá puta que pariu! Imagina, você é diarista de um cantor famoso, limpa a privada dele e... ele não te paga.
Claro, não fazia nada novo há séculos!
Tava precisando de dinheiro? Não gastasse! E trabalhasse.
Quando tive depressão não saí por aí prejudicando os outros nem pude ficar sem ir atrás de emprego.
Fim.

Valeska disse...

Gente, meu 1º post num blog... que emoção! ^^

Brechó Maluco disse...
Este comentário foi removido por um administrador do blog.
Djuli- Thats what she said disse...

Eu nao sabia que ele era caloteiro! O.o
*Michael, que decepçao. Ate voce?

Estou vendo um especial dele na Sony e confesso que me assustei: o cara é bonzinho DEMAIS! Sabe, aquela pessoa sensivel, meio Disney?

Bem, nao sei o que pensar. Nao o defendo mas tambem nao o considero uma pessoa horrivel. É indiferente.
Mesmo porque seria hipocrisia querer dar liçao de moral sendo que nesses 50 anos eu nunca liguei de fato.

Anyway...R.I.P M.J

Marcely Costa disse...

brechó maluco podia ser assunto pro próximo post, néa? /sandy