quarta-feira, 15 de abril de 2009

Das complicações do amor

Há não muito tempo eu jurava por A+B que amor era algo que não existia, uma imposição cultural, uma forma de dar nomes bonitinhos à atração instintiva e sexual, tudo que existia era a tal "solidão compartilhada". Aí comecei a namorar e meu discurso se transformou da água pro vinho, se alguém me perguntasse qual era o sentido da vida? O sentido é sentir! A vida só é vida com os sentidos à flor da pele! E eu poderia convencer todo mundo com os meus argumentos infalíveis, justamente porque eu sei muito bem argumentar quando eu quero ser acreditada. E como dizia um amigo – e eu gosto sempre de repetir – eu só não me contradigo quando digo que sou contraditória.
O amor é uma coisa complicada. Talvez eu não esteja errada em nenhuma das minhas suposições. É, é sim, não me olhe com essa cara. Pode ser sim que amor não seja mais do que resultado das atrações e uma solidão compartilhada. Por outro lado, isso não deixa de ser mágico. É só você não olhar pra engrenagem! Como os fogos de artifício, você escolhe olhar para os efeitos do céu ou para os trequinhos pegando fogo. E olha como a vida é boa ou ruim depende de pra onde você quer olhar: se você está sofrendo com um amor, escolha ver os trequinhos pegando fogo, em vez do céu multicolorido. Se seu amor te faz feliz por que cargas d'água você vai ficar olhando para os trequinhos pegando fogo?
Tudo é uma questão de ser mais flexível. Eu já desisti de ser muito xiita com as coisas. Como quanto ao meu ateísmo, eu sou ateia mas quando se trata de falar dos signos ou ainda, se eu ficar doente de uma doença sem cura, até parece que eu não vou acreditar em algo transcendente se eu quiser viver. Não custa nada, afinal... É o que se chama "dançar conforme a música". Ou ateísmo não praticante xD. Nossas opiniões são tanto mais bonitas e melhores pra gente se a gente ficar girando elas pra fazer efeitos iguais ao de um caleidoscópio. Não quer dizer que a gente traia nossas opiniões, quer dizer que somos seres muito evoluídos praticantes do relativismo. Claro, isso depende, se eu for alguém que você odeia, pode-se dizer que eu traí algum movimento, mas se você gosta de mim, pode dizer como eu disse ali, que sou relativista.
Mas voltando ao amor, nunca esqueça que ele é uma solidão compartilhada (ou esqueça quando estiver agarradinho com ele, comendo pipoca e assistindo um filme). Sim, na primeira merda que você fizer ele não vai gostar e te deixar e por aí vai. Vai variar do tipo de valor e seriedade que você dá pros relacionamentos. Como eu, pessoalmente, sonho com um relacionamento duradouro e sério, não é por qualquer coisinha que termino amizades e namoros. Seria ótimo encontrar alguém com o mesmo ponto de vista, mas é tãooo difícil. Pois é, o mundo seria muito melhor se todos pensassem como eu, mas nããão... =/
Mas voltando ao que eu dizia antes, não quero dizer que numa sacanagem muito forte do outro você não queira dar um basta... ou vice-versa. Mas dependendo da circunstância você pode escolher relevar ou não. Afinal, amor não é, infelizmente, um conto de fadas e ninguém é feliz para sempre. Mas dependendo do bem-estar que os cônjuges/amigos/familiares se proporcionam, no custo-benefício enfim, o para sempre pode ou não acontecer. E como o sentido da vida são os sentidos e os sentidos vão se afinando cada vez mais que você conhece o ente querido, vai de você querer ou não manter um relacionamento ou começar tudo do zero de novo . Realmente, é uma questão de custo-benefício. Alguns não valem a pena, outros sim. Assim como você às vezes pensa: "essa pessoa não vale todo meu esforço", o outro pode estar pensando isso de você. Por isso trate com carinho, não tenha medo de ser romântico e demonstrar amor – sem excessos, tudo em excesso enjoa! – e evite que o outro se sinta "se esforçando" pra estar com você. Se o outro não é romântico, não demonstra amor e faz você pensar que está se esforçando em vão, faça mais outro esforço: olhe pras "bombinhas" queimando no chão, ignore o céu enfeitado e vá embora pra sua casa.

5 comentários:

Djuli- Thats what she said disse...

Amor é um assunto tao complicado! d:-/

Por mais que a gente dedique um bloga ele é sempre pouco!
Sabe, algo inexplicavel e com tantas possibilidades?

Lindo o texto!! Fofo ate demais!!hahahaah

Falávia disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Falávia disse...

O amor é uma flor roxa :)
É ser um 'ateu não praticante' xD

jujuba disse...

que texto lindo!

Queen of Madness disse...

Marcely, casa comigo???